quarta-feira, 21 de março de 2012

As Escolhas De Jennifer

Jennifer Marim é uma mulher de 19 anos alta e loira como uma modelo e muito directa que vive em Califórnia e estuda na Universidade de Belas Artes. Ela nunca gostou muito de parecer fraca á frente de homens. Devido ao facto de não querer ser magoada, Jennifer nunca se apaixonou, ela costuma ter casos de uma noite. Ela foi um bar numa noite de Fevereiro, quando ela chega vê um homem alto, forte e moreno a olhar fixamente para ela, Jennifer reponde com um olhar de interessada. Ele chega-se ao pé dela e diz:

_ Parece que estás muito interessada em mim não, queres alguma diversão?
_ Tu é que fazes a reserva do Hotel. – Respondeu Jennifer com alguma frieza.
Foram andando para um hotel onde tiveram uma noite “selvagem”, quando ela acordou de manhã o homem ainda lá estava e disse:

_ Não acredito que me ataste e depois do acontecido adormeceste.
_ Não me podias simplesmente ter-me acordado? – Respondeu
_ Eu não pude evitar, estavas com uma cara muito adorável a dormir. – Disse o homem - Seja como for vou continuar a faze-lo contigo.

Ela respondeu sendo mais fria possível:
_ Não quero.
_ Porquê? – Disse logo o homem.
_ Se continuar a faze-lo com o mesmo homem, vou ficar viciada e não vou conseguir parar.
_ Compreendo, como cocaína ou ectasy.        
_ Bingo. Bye-Bye*.

Jennifer voltou para a Universidade de Belas Artes. Tentou entrar à socapa mas foi apanhada pelo director que estava na sala no momento.
_ Menina Marim atrasada outra vez, vá para o seu lugar, eu tenho um anúncio a fazer. – Disse o director.
_ Ok. – Respondeu.
_ Alunos, a vossa professora de história e técnica de desenho reformou-se portanto arranjamos milagrosamente um professor para o resto do ano, entre Senhor Paulo Jones.

Nesse momento entrou o homem com quem a Jennifer tinha passado a noite, ela fez uma cara de azia e parecia que ia gritar.

_ Que se passa Jenn (diminutivo de Jennifer)? – Disse a Samanta, a melhor amiga da Jennifer.
_ Não é nada Sam. – Respondeu
_ Ok Jenn.



                       *Bye-Bye: adeus de forma convencida em inglês



Durante toda a aula, nenhum deles disse nada mas Paulo não parou de olhar para a Jennifer. No fim da aula Paulo chamou Jennifer, depois de todos os alunos saíssem e disse:
_ Muito obrigado.
_ Porquê?
_ Tu sabes muito bem, a noite passada foi muito boa.
_ Tu cala-te, estamos na Universidade se alguém descobre que dormimos juntos, tu podes bem dizer adeus ao teu emprego. – Sussurrou.
_ Ok.
_ Mas não me importo nada de continuar que tal no mesmo hotel as 20.00 horas. – Corou.
_ Claro. – A sorrir.
_ Hey, Jenn o que é que o setôr queria? – Perguntou Sam.
_ Nada querida M.A.* Vamos lá Sam temos de ir buscar as cartolinas para o trabalho.
_ Ok Jenn, vamos lá.
Logo à noite Jennifer encontrou se com o Paulo no quarto 234 do hotel onde dormiu com ele na noite anterior. <Que raio, estou eu a fazer aqui?>, não parava de pensar a Jennifer enquanto ia para o hotel. Abriu a porta e o Paulo disse:
_ Demoraste Jennifer.
_ É para começar ou não.
_ Vamos lá.
Quando acabou por volta da 5 e 30 da manhã Paulo estava a dormir e a Jennifer acordada, saiu da cama vestiu-se e escreveu num bilhete:
“Tive de ir a casa tomar banho e mudar de roupa para as aulas ate à aula de desenho bye**.”
Ela não conseguia parar de pensar se estava a fazer o correcto a dormir com o professor mas claro que não sabia que ele era o seu professor quando se conheceram.
_ Filha onde estives-te a noite toda? Estávamos muito preocupadas. – Disse a Cláudia a mãe de Jennifer assim que ela abriu a porta.
_ Se calhar esteve com o namorado a noite toda. – Disse a Nicole a irmã mais nova.
<Correcto apesar de ser uma relação física e ele não ser meu namorado>.







*M.A: melhor amiga.

**Bye: adeus em inglês



_ Não me digas que é a sério filha.
_ Eu não tenho namorado! – Gritou Jennifer
_ Então onde estiveste maninha mentirosa.
_ Estive numa festa da Universidade, eu bebi demais e adormeci no sofá do Tiago da aula de história e técnica de desenho, a festa foi na casa dele.
_ Ok mas não “passaste” a noite com ninguém? – Perguntou a mãe
_ Não Senhora. – Disse Jennifer - <Desculpa por te mentir, mãe.> - Pensou ela. – Vou tomar um duche.
_ Ok. Ainda bem que não tens namorado, se o teu pai soubesse que não és virgem esfolava o pobre rapaz que dormiu contigo, aquele homem é tão ingénuo.
_ Pois. – Respondeu Jennifer.

Jennifer entretanto voltou para a Universidade.
_ Alunos hoje vão fazer um teste surpresa. – Disse Paulo
_ Meu, como pode ser surpresa se nos está a dizer! – Afirmou Tiago.
_ Bem, Senhor não seria surpresa se tivesse avisado com antecedência.
_ Ok meu.
<Será que fui assim tão má na cama ontem e isto é um castigo?>, pensava Jennifer.
_ Têm de pintar um quadro com o tema amor, pode ser o sentimento ou, o próprio acto, vocês decidem, tem 90 minutos.
<Sim isto é castigo.>, Pensou outra vez Jennifer. Passados os 90 minutos:
_ Acabou o tempo toca a entregar.
Jennifer entregou a sua pintura em último.
_ ”Les amants”de Rene Magritte.
_ Não consegui pensar noutra coisa. – Respondeu Jennifer.
_ Nem em mim?
_ Estamos na Universidade, tu és o professor e eu a aluna. Ok?
_ Entendido, olha que tal hoje nos encontrarmos na discoteca do hotel?
_ Não!Disse com uma frieza.
_ Porquê?
_ A minha mãe anda preocupada por chegar de madrugada, portanto hoje tenho de estar em casa no máximo até à meia-noite, não há tempo para sexo.
_ É só para uma bebida.
_ Se for só isso tudo bem.
_ Ok até lá.

Logo à noite na discoteca:
_ Porque é que, me trouxeste aqui? – Perguntou Jennifer.
_ Queria apresentar te a umas pessoas. – Respondeu Paulo.
_ Quem?
_ Bem a uns amigos meus, o Carlos e o Filipe. 
_ Hey Paulo! Era esta gaja de que falaste. Olá sou o Carlos e este é o Filipe.
_ Olá. – Disse Jennifer com muita frieza.
<Que fria.>, Pensaram Filipe e Carlos.
_ Bem, vou buscar bebidas.
_ Ok. – Disseram todos os outros.
_ O Paulo, mudou mesmo antes era muito diferente não achas? – Disse Filipe.
_ Concordo. – Respondeu Carlos.
_ Que querem dizer? – Perguntou Jennifer.
_ Bem antes sempre dormia com alguém e arranjava outra pessoa no dia seguinte quando saíamos, mas desta vez não. – Disse Carlos.
<Interessante…>, pensou Jennifer.
_ Ho! Aconteceu outra vez. – Disse Filipe.
Uma mulher mais “madura” aproxima se de Paul, tenta seduzi-lo e beija-o, Jennifer corre para lá a chorar da lhe uma chapada e fica admirada com o que fez pelo facto de eles não andarem juntos.
_ Hehe! Nunca pensei que ficasses ciumenta de mim. – Disse Paulo agarrando a.

<Ciumenta, não pode ser>, pensava Jennifer. Ela desata a correr para casa. <Como deixei chegar a este ponto não posso voltar a dormir com ele, se não será demasiado tarde>. Na noite seguinte ela chegou-se ao pé dele e disse:

_ Não, podemos voltar a estar juntos, quer dizer da maneira que estamos agora.
_ Porquê?
_ Simplesmente temos.
_ Como, chegamos a isto?
_ Deixa me ir agora.
_ Como te posso deixar ir se te amo.

<O quê>, pensou Jennifer.

_... Desculpa. Não te queria dizer assim tão cedo mas… - disse Paulo.
_ Estás a ser parvo! – Disse logo Jennifer interrompendo Paulo. – O que estás a dizer não faz sentido! Eu sou a tua aluna e tu és o meu professor essa é a nossa relação e é assim que deve ser. Adeus.

Jennifer voltou para casa a chorar.

_ Filha que se passa? – Perguntou Cláudia.
_ Não é nada mãe. – Respondeu a fungar.
_ Querida, alguém te deu uma tampa?
_ Não, eu… é que… acabei… e… não sei se… fiz o… correcto. – Disse Jennifer.
_ Querida tudo, o que acontece por vontade de Deus. Acalma-te filha o teu pai está quase a chegar, tu não queres que ele te veja assim. Vá lá, vai tomar um duche.
_ Ok mãe.
Logo quando o pai chegou.

_ Este jantar está óptimo. Então há novidades? – Perguntou Bruno o pai de Jennifer.
_ A Jennifer tem um namorado. – Disse Nicole.
_ Não, tenho nada só porque gosto de festas e chego, tarde qual é o problema? A propósito já que acabaste o jantar vai acabar os teus trabalhos de casa?
_ Exacto, só porque a tua irmã gosta das festas dos amiguinhos dela e de chegar às 9.30 qual é o problema? Quando tiveres a idade dela poderás chegar a essas horas. Vai lá fazer os teus trabalhos depois falamos. – Disse Bruno.
_ Ok papá.
_ Bem, vou dormir, pai.
No dia seguinte Tiago foi ter com ela no meio da aula do Paulo e disse:
_ Olá Jennifer!
_ Oi.
_ Gostavas de sair comigo hoje à noite.
_...Claro.

<O quê? Não, posso deixar que isso aconteça!>, pensou Paul.
Logo á noite no encontro:
_ Estás tão linda boneca. – Disse Tiago enquanto apalpava Jennifer.
<Isto é horrível, vou ter de imaginar que é o Paul.>, Pensava Jennifer. Entretanto chega Paulo numa mota diz:
_ Larga a já!
_ Que raio se passa, meu! Porque sêtor? – Perguntou Tiago.
_ Larga-a já porque eu posso suspender te e nunca mais voltes a aproximar te dela!
_ Bolas, maluco. – Disse Tiago enquanto se ia embora.
_ Porque é que raio, fizeste isso? – Perguntou Jennifer.
_ Sobe! – Ordenou Paulo.
_ O…o…ok.
Então Paul levou Jennifer para o hotel e atirou-a para a cama.
_ Que, estás a tentar a fazer? – Perguntou Jennifer.
_ A tentar ter sexo. – Disse Paulo.
Então começou a tirar lhe a roupa e a tentar ter sexo com ela até que repara que está a chorar e diz:
_ Desculpa. Detestaste isto assim tanto?
_ Desculpa. Só não me queria tornar em alguém que depende dos homens ou de alguém sequer.
_ Ser dependente de alguém às vezes não faz mal.
_ Mas significa que sou fraca.
_ Não, não significa nada, só significa que amas.
_ A sério?
_ Sim. Tu amas me?
_ Sim.

Então eles fizeram amor naquela noite. Quando acordaram a Jennifer tinha 3 sms e 10 chamadas não atendidas. Os sms e as chamadas eram da mãe, os sms diziam:”Filha onde estas volta depressa o teu pai está quase a chegar!”, “O teu pai chegou, eu disse que estavas numa festa de pijama em casa da Samanta” e “Olha, tens de chegar por volta das 11 horas da manhã.”.
_ Festa de pijama?! Que idade a tua mãe pensa que tens? Hehehe! – Disse Paulo.
_ A minha mãe sabe a minha idade, o meu pai é que pensa que tenho 10 anos. Que horas são?
_ São onze e dez.
_ Ò não! Tenho de ir adeus.
Jennifer chegou a casa às 11.30 e disse:
_ Desculpa o atraso.
_ Não faz mal. – Disse o pai. – Vou trabalhar adeus.

Quando o pai já tinha saído a mãe disse:
_ Com quem passaste a noite?
_ Com alguém.
_ Pois com um homem. Não me digas que tens namorado.
_ Não sei ele ainda não me pediu oficialmente mas ele disse que me ama.
_ Isso parece sério. – Disse a Nicole.
_ Cala te! Vou tomar banho.
Ela foi tomar banho, depois foi para o quarto e encontrou lá a irmã e disse:
_ Que estás a fazer aqui anã?
_ Se fosse a ti tinha cuidado com o que dizia não queres que o pai descubra do teu namorado pois não? – Respondeu Nicole.
_ Não, me importo nada, até parece que ele vai acreditar. Toma e embrulha anã.
_ Desta vez ganhaste a batalha mas não a guerra.
_ Tudo bem mas sai minorca.

Na segunda-feira seguinte quando todos saíram da aula Jennifer chegou se ao pé do Paulo e disse:
_ O que disseste ontem significa que sou tua namorada?
_ Sim. – Respondeu com sorrir, Paulo.
_ Paul gostaria que fosses a casa conhecer os meus pais num jantar amanha as 7 da tarde. Tu podes?
_ Claro.
_ Jenn vamos lá nós temos aula de cerâmica. – Disse Samanta.
_ Eu já vou, Sam. Adeus Sêtor.
Quando Jennifer chegou ela perguntou à mãe.

_ Mãe, posso convidar o meu namorado para jantar cá amanhã para vocês o conhecerem?
_ Claro. Mas não achas que o teu pai vai ficar… não sei… aborrecido por teres um namorado.
_ Talvez… mas azar o dele, eu tenho 19 anos, ele que meta isso na cabeça.
_ Ok a que horas ele chega?
_ Às 19.
_ Está bem.
Quando o Paulo chegou quem abriu a porta foi a Cláudia e ele disse:
_ Boa noite madame o meu nome é Paulo Jones o namorado de Jennifer.
_ <Ai minha, nossa é lindo> - Pensou Cláudia. - O meu nome é Cláudia, sou a mãe de Jennifer.
_ Muito prazer.
Depois de uma breve apresentação da família, toda a gente jantou frango assado.
_ Então, senhor Jones que faz para viver? – Perguntou Bruno.
_ Bem senhor, sou um apreciador de arte e júri de concursos.
_ Quanto ganha? – Perguntou Nicole.
_ Porque queres saber isso, anã? – Perguntou Jennifer.
_ Porque se vocês se casarem ele pode nos dar coisas boas.
_ Que raio estás a dizer? – Disse Bruno. – Jennifer ainda é uma criança.
_ Então porque é que a mãe disse que te passavas se soubesses que ela não é virgem? – Disse Nicole.
_ O quê? – Gritou Bruno.
_ Pois é, eu não sou virgem. Sou Capricórnio daaaa, meia leca.
_ Tu, compreendeste mal filha. Não tens um trabalho para acabar? – Disse Cláudia.
_ Ok mãe.
_ Bem agora que já acabamos o jantar chegou o derradeiro momento. – Disse Bruno.
_ O quê pai?
_ Se, ele aceita Paul como teu namorado. – Disse Cláudia.
_ Então? – Perguntou Paul.
_ Concordo com o vosso namoro.
Depois daquela noite Jennifer ficou muito feliz, ela andava radiante, mas nunca contou a ninguém do seu amor.
Chegou a ultima semana de aulas e Jennifer andava um pouco triste e enjoada.
_ Jenn que se passa? – Perguntou Samanta.
_ Bem, ando preocupada.
_ Com o quê?
_ Prometes que não contas a ninguém?
_ Claro.
_ Ando a vomitar e ainda não me veio o período.
_ O quê? Não será um atraso?
_ Não sei. Estou assustada, Sam.
 _ Depois da aula de cerâmica, vamos à farmácia.
Depois da aula de cerâmica elas foram à farmácia comprar um teste de gravidez.
_ Aqui está, agora só temos de encontrar uma casa de banho. – Disse Jennifer.
_ Pois. – Respondeu Samanta.
Elas foram até uma casa de banho que ficava ao pé da farmácia.
_ Chegou a hora da verdade. Espera aqui. – Disse Jennifer.
Ela fez o teste e saiu da casa de banho a chorar.
_ Então? – Perguntou Samanta.
_ Deu positivo, Sam o que vou fazer?
_ Bem, pode ser errado isso não é muito certo.
_ Tens razão, vou a um médico. Até amanhã.
Então Jennifer foi ao médico ver se estava grávida.

_ Então senhor doutor, estou grávida? – Perguntou Jennifer
_ Bem menina Marim, parece que está grávida de 2 meses.
_ Tem a certeza?
_ Sim, está ver este ponto no eco grafia? É o seu bebé.
_ Ok, obrigada.
_ Espere mais uma coisa. Se pretende ter esta criança então volte dentro de duas semanas se pretende abortar o melhor é não esperar, quanto mais esperar pior será para a sua saúde.
_ Entendo.
Jennifer voltou para casa.

_ Jennifer filha, chegaste cedo. – Disse Cláudia.
_ Olá. – Disse tristemente Jennifer.
_ Que se passa filha? Não me digas que o Paulo acabou contigo, ai ele vai levar. – Disse Bruno a brincar.
_ Não foi isso. Vou para a cama sem jantar boa noite.

No dia seguinte que era sábado ela cancelou o encontro que tinha à tarde com Paulo convidou Samanta para ir lá a casa conversar visto que estava sozinha em casa.

_ Então Jenn o que é que o médico disse? – Perguntou Samanta.
_ Estou grávida de 2 meses.
_ Que, vais fazer? Vais fazer um aborto?
_ Isso seria matar alguém do meu sangue.
_ Pede ajuda ao pai da criança.
_ O problema é que o pai da criança é o meu namorado.
_ E então?
_ O meu namorado é o senhor Jones.
_ O quê? O sêtor de desenho?! Tás a gozar? Ele é tão velho!
_ Não. Ele é o pai do meu bebé, e ele não é velho o Paulo só tem 22 anos.
_ Então diz lhe.
_ Eu não posso, Sam e se ele não quiser que eu dê à luz a criança.
_ Então o melhor é falares com os teus pais.
_ Não! É melhor o Paul.

Mais tarde no bar:

_ Jennifer, pareces preocupada com algo. – Disse Paul.
_ Não.
_ Ok. Queres ir para o quarto do Hotel?
_ Não.
_ Porquê?
_ Simplesmente não me apetece.
_ As aulas já acabaram portanto podes parar de fazer indirectas.
_ O que queres dizer?
_ Tu tens medo de me magoar e que eu te dê uma má nota. Eu já te dei a nota final, tu já terminaste a Universidade portanto podes acabar comigo. Andas assim há um mês.
_ O quê?
_ Vou facilitar: Está tudo acabado eu não gosto que andem comigo por pena.
_ Paulo.
_ Adeus. A propósito talvez fiques feliz vou para Nebrasca dentro de dois dias depois nunca mais nos vamos ver.
_ Paulo! – Choramingava Jennifer sem parar.
_ Adeus, foi bom enquanto durou. – Dizia Paulo enquanto se afastava de Jennifer.
Jennifer correu para casa a chorar, foi para o quarto e o pai preocupado chega e diz:
_ Está tudo bem Jennifer?
_ Tudo bem?! Tudo bem?! Está tudo acabado!
_ Cláudia chega aqui preciso da tua ajuda agora!
_ Que se passa Bruno? – Perguntou Cláudia.
_ Jennifer está a chorar.
_ Jennifer, filha, nós podemos entrar?
_ Façam o que quiserem! – Respondeu Jennifer
_ O que aconteceu filha? – Perguntou Bruno.
_ Paul deixou me!
_ Não te preocupes filha quem perde, é ele. – Disse Cláudia.
_ Vocês não entendem! Vou a casa da Sam até logo.

Então Jennifer foi para casa de Samanta.

_ Então Jenn? Já disseste ao Paulo, da criança? – Perguntou Samanta.
_ Ele acabou comigo.
_ Por estares grávida?!
_ Nem lhe disse, ele simplesmente pensou que eu já não o amava!
_ Tens de lhe dizer!
_ Ele vai depois de amanhã para Nebrasca.
_ Então fala amanhã com ele.
_ Não consigo.
_ Então diz aos teus pais.
_ Ok, digo amanhã. Posso dormir aqui hoje?
_ Claro Jenn.
No dia seguinte Jennifer voltou para casa e encontrou a sua tia Manuela e o seu tio Frank.
_ Olá Jennifer! – Disseram os tios
_ Tio Frank, tia Manuela! Que estão a fazer aqui?
_ Só te viemos visitar Jennifer. – Disse Manuela.
_ Malta, eu tenho algo muito importante para vos dizer. – Disse seriamente Jennifer.
_ O quê? – Perguntou Bruno.
_ Eu, estou…
_ O quê? Diz. – Disse Cláudia.
_ Eu… estou grávida de 2 meses.
_ O quê?! Mas tu és só uma criança! – Gritou chateado Bruno.
_ Não! Não sou, eu tenho 19 anos! – Gritou a chorar Jennifer.
_ Vais abortar! – Gritou Bruno.
_ O quê?! Porquê pai?
_ Porque és uma desgraça para a família!
_ Espera querido, não podes fazer isso!
_ Porquê?!
_ Porque é matar alguém, irmão! – Disse Manuela.
_ Então a única hipótese é casares com o Paulo. – Disse Bruno.
_ Não posso, ele acabou comigo.
_ Então diz lhe que estás grávida. – Disse Frank.
_ Não lhe posso fazer isso tio.
_ Então o que queres fazer filha? – Perguntou Cláudia.
_ Quero criar esta criança sem um marido.
_ O quê! – Gritou Bruno. – És a desgraça da família sai já desta casa!
_ O quê?! Mãe chama o à razão.
_ Desculpa mas, concordo com o teu pai. A partir deste momento deixas te de ser nossa filha.
_ Esperem aí! Como podem ser tão cruéis? – Perguntou Manuela.
_ Pois! – Apoiou Frank.
_ Jennifer se queres mesmo criar essa criança vem viver connosco.
_ Obrigada tia. Vou fazer as malas digam à Nicole adeus por mim.

A partir daquele dia Jennifer começou a viver com os tios, e passados cinco meses:

_ Jennifer, estive a pensar queres ir comprar algumas roupas? – Perguntou Manuela.
_ Porquê? As já não consigo usar roupas giras, só roupas largas.
_ Não te preocupes, conheço uma loja de roupa de grávida onde há coisas adoráveis.
_ A sério?
_ Sim.
_ Então, vamos amanhã depois da minha consulta.
_ Está combinado.

No dia seguinte Jennifer foi à consulta com a tia Manuela e o médico disse:

_ Está tudo bem com a criança, e parece que já podemos saber o sexo.
_ O quê a sério? – Disse Jennifer
_ Claro, quer saber?
_ Não sei, talvez seja melhor esperar pelo nascimento para ser surpresa?
_ Jennifer, eu acho melhor saberes. – Afirmou Manuela.
_ Porquê?
_ Porque quando a tua mãe estava grávida de ti, ela quis esperar pelo nascimento para saber o teu sexo. O teu pai queria uma rapaz então começou a comprar roupas e brinquedos de rapaz.
_ A sério?! – Admirou se Jennifer. – Então é menina ou menino, senhor doutor?
_ É uma menina.
_ O quê?! Fantástico! – Disse Jennifer, radiada de alegria.
_ Pois é! Vamos lá comprar algumas roupas, adeus senhor doutor.

Então lá foram elas comprar algumas roupas.
_ Tens a certeza que isto é para grávida? – Perguntou Jennifer enquanto pegava num top que parecia de uma estrela de rock.
_ Sim, sabes aquele programa do “MTV”, o “16 and pregnant”? – Perguntou Manuela.
_ Yá. Porquê?
_ Porque, ouvi dizer que o programa agora lançou uma linha de roupas para aquelas que ainda querem ir a festas. Vamos te comprar esse top.
_ Não, eu não gosto. Que tal esse vestido azul esverdeado.
_ Sim é muito bonito vamos leva-lo. Olha que começarmos a ver roupas para a pequenita. E também brinquedos.
_ E berços?
_ Bem acho que posso convencer os teus pais a darem te os berços e coisinhas tuas para poupar dinheiro.
_ OK.
Manuela foi falar com os pais de Jennifer e eles disseram:

_ Que, estás aqui a fazer? Já desististe daquele caso perdido?
_ Vocês são pessoas horríveis. Só vos vim dizer que a vossa filha vai ter uma menina e queria pedir vos roupas e moveis de bebés antigos que tenham. – Respondeu Manuela.
_ Porquê? – Perguntou Cláudia.
_ Por que é a vossa neta.
_ A rapariga que está grávida não é nossa filha logo a criança não é nossa neta. – Afirmou Bruno.
_ Vá lá, são só móveis e roupas.
_ Sim, mas são para a nossa futura neta, a filha de Nicole a nossa filha única. – Disse Cláudia.
_ São tão mesquinhos e odiosos.
_ Pior é a Jennifer. – Disse Bruno.
_ Porquê? Porque quer dar amor à sua filha?! – Defendeu Manuela.
_ Que interessa é que ser se mãe solteira a não que se seja viúva é imoral. – Afirmou Bruno.
_ És incrível, e tu Cláudia, eu esperava mais de ti pois sabendo que eu sei “aquilo que tu fizeste”.

Manuela saiu da casa dos pais de Jennifer e foi ter com a Jennifer à geladaria.

_ Então o que foi que eles disseram? – Perguntou Jennifer.
_ Bem, eles não querem dar nada, são tão mesquinhos.
_ Ai.
_ Que foi?
_ Ao meu Deus. Ajuda me por favor!
_ O que aconteceu?
_ Senti uma grande dor e agora estou a sangrar!
_ Temos de ir a um Hospital! Podes ter um aborto espontâneo.

 Então Manuela chamou uma ambulância e foram ao Hospital e o médico fez um exame e disse:
_ Vai ter de dar á luz agora.
_ O quê?! – Disseram indignadas Manuela e Jennifer.
_ Já está com uma dilatação de 7 centímetros. – ­­­­Afirmou o médico.

Então levaram Jennifer para a sala dos partos, não conseguiram dar-lhe epidural. O parto demorou 23 horas, depois do nascimento levaram a filha de Jennifer para um exame, visto que nasceu com 7 meses.
Enquanto a bebé não vinha ela e a Manuela começaram a conversar:

_ Então já sabes o nome que lhe vais dar? – Perguntou Manuela.
_ Sim, vou chama-la Alice, significa sincera.
_ Por falar em sinceridade, vais algum dia contar ao Paulo sobre a Alice?
_ Não sei, talvez não, se o voltar a ver ele já deve estar casado.
_ Continua a pensar nisso.
_ Tia, para o mês que vem, vou arranjar um emprego e depois vou sair de vossa casa.
_ Porquê?
_ Porque não vos quero atrapalhar.
_ Está bem, Jennifer, tenho de te contar algo.
_ O quê?
_ A tua mãe não está casada à, 20 anos, mas sim à 18. Tu nasceste fora do matrimónio.
_ O quê?!
_ Ela também te queria criar como uma mulher solteira mas devido à pressão da família dela e do teu pai, ela casou se pouco depois de tu nasceres e decidiu dizer a toda a gente que estava casada à, 20 anos.
_ Ela é uma hipócrita.
_ E eu não censuro se me odiares. – Disse de repente Cláudia ao entrar pela porta.
_ O que é que estás aqui a fazer? – Perguntou Jennifer.
_ Eu chamei-a.
_ Porquê?
_ Jennifer, eu vou deixar o teu pai.
_ O que é que aconteceu, mãe.
_ Ele estava a trair me com uma vadia cheia de tatuagens, disse lhe que ou era ela ou eu, e ele escolheu ela.
_ Que horror.
_ Eu decidi ajudar-te a criar a menina. O que é que precisas?
_ Bem, deixa ver… Casa; carro; roupas e brinquedos para bebé; e um emprego daqui uns meses.
_ Bem acerca da casa podes vir morar comigo e com a Nicole eu arranjei um apartamento muito grande à frente da praia, sobre o carro podes usar o do teu pai tenho a certeza que o vou conseguir no divórcio, sobre os brinquedos usamos uns antigos que temos lá em casa.

_ Estou tão feliz! – Disse Jennifer enquanto chorava.

No dia seguinte disseram a Jennifer que Alice estava óptima e que já a podia levar para casa.
_ Finalmente te posso ver minha linda. ­ – Disse Jennifer em voz de bebé para Alice.
_ Ela é tão bela. – Afirmou Manuela.
_ Bem então vou indo para o apartamento da minha mãe, adeus muito obrigada tia e a ti também tio.

Então Jennifer chegou ao novo apartamento da mãe e era grande e muito moderno como uma “penthouse*”.

_ Isto é tão lindo. – Afirmou Jennifer.
_ Mana, mana, mana! – Gritava Nicole.
_ Irmãzinha.
_ De quem é esse bebé?
_ Podes não acreditar mas é meu.
_ O quê foi por isso que saíste de casa?
_ Bem, sim mas isso não é importante, o que interessa é que a partir de agora, eu vou viver aqui com vocês.
_ Quem é o pai? Ele deu te com os pés?
_ Não é da tua conta, agora vou mudar a fralda da Alice.

Passaram se meses até que o dinheiro ficou um bocado apertado.

_ Estas contas não param de aparecer. – Disse Cláudia.
_ Desculpa mãe por causa das contas do hospital e do resto.
_ Não faz mal querida.
_ Mana.
_ Agora não.





                                                                           *Penthouse: apartamento

_ A Alice está a ficar azul.
_ O quê?! – Gritaram Jennifer e Cláudia.

Jennifer pegou na Alice e guiou até às urgências, até que foi atendida por um recém-formado pediatra.

_ Olá fiz uns exames à Alice parece que está tudo bem, ela engoliu um boneco e não a deixava respirar mas vai ficar tudo bem pode dizer isso ao seu marido.
_ Eu não sou casada, estou a criar a Alice sozinha.
_ Isso significa que poderá estar livre para jantar, digamos amanhã, às 19.00?
_ Doutor Berry isso é um convite?
_ Talvez, o que me diz?
_ Bem, eu digo… sim.

Então na noite seguinte Jennifer fora jantar fora com o Doutor Berry:

_ Que lugar tão bonito Doutor Berry. – Disse Jennifer.
_ Por favor, chame-me Stan.
_ Ok… Stan.
O resto da noite correu tão bem que continuaram a ver se até que um dia Stan pediu Jennifer em casamento e ela aceitou.

_ Mãe, mãe! – Gritou Jennifer ao chegar a casa.
_ O que foi? – Perguntou Cláudia.
_ O Stan pediu me em casamento!
_ E tu aceitaste?
_ Sim.
_ Estou tão feliz por ti!

Passaram se alguns meses e o dinheiro ainda apertava então Jennifer entrou numa competição de arte cujo primeiro prémio era 20000 doláres.
Ela entrou na galeria com a sua mãe, filha e irmã porque o Stan estava a trabalhar:
_ Alicezinha reza para que a mamã ganhe. – Disse Jennifer em voz de bebé para Alice.
_ Mamã. – “Disse” Alice pois já sabia dizer mamã.
Chegaram os júris e Cláudia estava com a Alice ao colo, quando reparou na cara branca de Jennifer e então olhou para os júris e entre eles estava o Paulo.
Depois da avaliação do júri, Jennifer ficou em segundo lugar assim recebendo um premio em dinheiro de 10000 euros.
_ Jennifer espera! – Chamava Paulo enquanto Jennifer se afastava para ir ter com a família que estava dentro da galeria.
_ Que foi, Paulo? – Perguntou Jennifer.
_ Como vai tudo?
_ Vai indo e contigo?
_ Também, desde aquilo.
_ Pois… Mas fica a saber que quando acabaste comigo eu ainda te amava.
_ O quê?!
_ Sim, mas simplesmente estavam acontecer muitas coisas na altura.
_ Posso perguntar te algo?
_ Diz.
_ Tu alguma vez pensaste em mim durante estes dois anos?
_ Não te vou mentir que já pensei, varias vezes em ti, mas muita coisa mudou desde…

Nesse momento Jennifer fora interrompida por o grito de Alice.

_ Desculpa Paulo mas tenho de ir.
_ Espera! De quem é esse bebé?
_ Eu tenho de ir, vemo-nos noutra altura.

Foi aí que Paul percebeu que algo estava errado com aquela bebé.

_ Alice obrigada por chorares estava quase a contar lhe sobre ti. – Afirmou Jennifer.
_ Nunca lhe vais falar da Alice? – Perguntou Cláudia
_ É melhor assim, eu agora estou com o Stan.
_ Mas ainda acho que, tu o amas, tu sabes ao Paulo.
_ Eu já esqueci completamente do Paulo.
_ Se tu o dizes.
Nessa noite Jennifer não pensava em mais nada se não dizer ao Paulo a verdade sobre a filha dele, então decidiu voltar à galeria no dia seguinte com a Alice.

_ Paulo! – Chamou Jennifer.
_ Olá Jennifer, tudo bem?
_ Estou bem e tu?
_ Também, então o que estás aqui a fazer?
_ Vim conversar contigo, tu sabes saber as novidades.
_ Quem é esta pequenina?
_ Esta pequenina chama se Alice.
_ Agora que reparo esse anel…
_ Eu estou noiva.
_ Há quanto tempo?
_ Acerca de 9 meses, 10.
 _ Então a Alice deve ser tua filha e do teu noivo não?
_ Bem, não é do meu noivo. Ela vai fazer dois anos em Outubro.
_ A sério?... Espera aí! Dois anos?!
_ Sim.
_ Ela… ela… é…é minha?
_ Sim.
_ Já sabias dela quando acabamos?
_ Sim.
_ Porque é que não me disseste?
_ Paulo, naquela altura, eu estava assustada os meus pais tinham-me expulsado de casa e depois fui viver com a minha tia…
_ Desculpa não ter estado lá para ti.
_ Tu não sabias, eu não culpo.
_ Há alguma hipótese de eu puder passar algum tempo com ela
_ Paulo… tu tens todo o direito de quereres estar com a tua filha, mas o meu noivo pode ficar zangado, … que se lixe ainda tenho medo que me leves a tribunal.
_ Nunca te iria levar a tribunal, então que tal deixares a comigo amanhã?
_ Claro qual é a tua morada?
_ Deixa que eu escrevo.
_ Bem então eu passo por lá por voltas da 15.00. Até amanhã.
_ Até amanhã.

Então no dia seguinte Jennifer deixou Alice com Paulo e foi busca-la mais tarde:

_ Paul, como correu com a Alice? – Perguntou Jennifer.
_ Correu muito bem.
_ Mamã. – Disse Alice.
_ Ela é muito inteligente, Jennifer.
_ Tens razão.
_ O teu noivo sabe que estás aqui?
_ Não, ele nem sabe que voltei a encontrar te.
_ Vais lhe dizer?
_ Não, é melhor assim.
_ És tu quem sabe. Queres entrar e beber café.
_ Claro, porque não?

Então Jennifer entrou:

_ Meu Deus, Paulo a tua casa é tão bonita.
_ Obrigada. O que é que o teu noivo faz?
_ Ele é pediatra.
_ Então conheceste-o através da Alice.
_ Sim.
_ Ele deve ser um virgem de 30 anos para estar atrás de uma mulher com uma filha.
_ Desculpa?!
_ Bem quer dizer, ele deve estar mesmo desesperado.
_ Ele, um virgem de 30 anos? Em primeiro lugar ele é só um ano mais velho que tu e em segundo lugar duvido que um virgem soubesse aqueles movimentos! Vou andando!

Aquela conversa afectara Jennifer e ela continuava a perguntar se a si mesma “ Porque é que ele está comigo?” então logo á noite quando se encontraram para falar do casamento Jennifer perguntou:

_ Por que é que nos estamos a casar?
_ Não é óbvio, querida? Porque nos amamos.
_ Mas eu tenho uma filha, isso não te incomoda?
_ Não muito eu amo te, e em termos de aspecto nem parece que tiveste uma filha.
_ Obrigada. – Disse Jennifer antes de se inclinar para beijar Stan.

Ela decidira não ficar afectada pelo que disse Paul, então continuou a deixa-lo ver Alice.

_ Muito obrigado por quereres ficar com ela hoje. – Agradeceu Jennifer.
_ De nada, porquê? – Perguntou Paulo.
_ Porque hoje tenho uma prova de bolo e de vestidos de noiva.
_ Parece que o casamento vai continuar.
_ Claro que sim.
_ Ok vai lá eu fico com a Alice.

Alice chegou à loja de vestidos de noiva encontrou dois vestidos que gostou de Pnina Tournai:

_ Gosto do vestido cai-cai com aqueles folhos da colecção de 2009 mas o vestido justo em cima com folhos de pluma em baixo da colecção de 2011* é fantástico não sei qual escolher. – Disse Jennifer.
_ Gosto do primeiro, mas fica ridículo com as luvas. – Afirmou Cláudia.









 * Para ver os vestidos visite www.pninatornai.com

         



 _ Eu gosto do segundo, tu pareces uma princesa nele. – Afirmou Nicole.
 _ Eu tenho uma pergunta querida.
 _ Que foi mãe?
 _ Quem queres que te leve ao altar no teu dia de casamento?
 _ Eu não vou convidar o pai, mesmo que o convidasse ele não iria vir, tenho a certeza. Podias ser tu mãe?
_ Fico honrada pelo convite, claro que te levo ao altar.
_ Obrigada. Agora vamos continuar com os vestidos
_ Deverias escolher o primeiro sem as luvas.
_ Então será esse.

Jennifer continuou a encontrar se com Paul, e começou a sentir algo que não sentia nem com Stan. Paul fora a casa de Jennifer entregar Alice, e estava lá Stan que atendeu a porta:

 _ Em que posso ajuda-lo, senhor?
_ Presumo que seja Stan. Muito prazer, eu sou o Paulo.
_ Eu conheço o de...
_ Presumo que Jennifer ainda não te tenha contado, bem vim deixar Alice, adeus.
_ Adeus.

Mais tarde, quando chegara Jennifer:

_ Olá querido. Já comprei o meu vestido. – Disse Jennifer.
_ A sério?
_ Sim e tenho a certeza que o vais adorar em mim.
_ Sabes, passou por cá uma pessoa?
_ E então?
_ Chamava se Paul. Veio deixar a Alice.
_ Eu já te deveria ter dito. Eu voltei a encontrar o pai de Alice.
_ O quê?! Andas a trair me?
_ Não! Como podes pensar nisso?
_ Então como é que deixas a Alice com ele?
_ O Paulo é o pai dela, ele tem esse direito!
_ Nós combinamos que eu seria o pai de Alice.
_ E quando ela perguntar porque não é nada parecida contigo? Ela parece se mais com o Paulo e, tu sabes disso!
_ Tu por acaso estás a dizer que queres acabar com isto tudo?
_ Eu não quero acabar com nada! Eu e o Paulo já acabamos, eu amo te a ti Stan!
_ Tu estás a dizer a verdade?
_ Porque é que não haveria?
_ Tens razão.

Depois dessa discussão Jennifer passava cada vez mais tempo com Paul e Alice até pareciam um casal a sério o que deixou Stan muito zangado.

_ Hey Paulo. – Disse Jennifer.
_ Diz. – Respondeu Paul.
_ O que estamos a fazer no parque?
_ Não é óbvio? Estamos a brincar com a nossa filha.
_ Paul, nós não estamos juntos, eu estou com o Stan.
_ Eu sei, a propósito já escolheram a data?
_ Sim, apesar de termos tido uma discussão recentemente, mas o casamento ainda está de pé.
_ Então quando é?
_ De hoje a oito. Já está tudo pago.
_ Ainda bem.
_ Pois. Paulo, eu agradecia que tu não aparecesses.
_ Eu compreendo.

Depois dessa conversa, Jennifer foi telefonar à Samanta para que ela fosse a sua Dama de honor, e que planeasse a despedida de solteira, com muita “diversão de adultos”:

_ Então posso contar contigo Sam? – Perguntou Jennifer.
_ Claro, Jenn é verdade que voltaste a encontrar o Paulo? – Perguntou Samanta.
_ Sim.
_ Falaste – lhe da Alice? Como sou a madrinha dela, tenho o direito de saber*.
_ Sim disse-lhe.
_ Como ele reagiu?
_ Reagiu de uma forma calma, bem… e depois sentiu-se como o maior estúpido de todos.
_ Compreendo, depois falamos na despedida.

Então chegou dia da despedida de solteira de Jennifer:

_ Jennifer esta festa está fantástica! – Disse uma amiga de Jennifer.
_ Bem, tens de agradecer à Samanta, ela é a minha dama de honor. – Respondeu Jennifer.
_ Jennifer bebe mais, os strippers estão a chegar! – Disse Samanta.
_ Tu és doida! Adoro-te!

No final da noite Jennifer estava tão bêbada que Samanta achou que seria melhor que o Paulo a fosse buscar, porque a Jennifer tem um hábito de dizer a verdade quando está bêbada.
_ Onde é que ela está? – Perguntou Paulo.
_ Está ali. – Respondeu Samanta. – Podes leva-la para o quarto dela, é o segundo à esquerda no andar de cima.
_ Claro.

Então, Paulo levou-a para cima.

_ És tu Paulo? – Disse Jennifer bêbada.
_ Sim, sou eu.                                                          
_ Eu fui tão estúpida!
_ O que queres dizer?
_ Assim que tu disseste que ainda pensavas em mim, eu deveria ter dito que te amava, e também deveria ter deixado o Stan. Mas não consegui porque não queria partir-lhe o coração! Agora é tarde demais
_ Está tudo bem. Eu amo-te Jennifer, mais que tudo.

 Na manhã seguinte que era a manhã do casamento, ela acordou junto a Paulo:

_ Paulo? O que estás aqui a fazer? – Perguntou Jennifer.
_ Não te lembras do que aconteceu ontem à noite?
_ Não. Por acaso nós… tu sabes…?
_ Não nada disso. Jennifer, tu tens a certeza?
_ Do quê?
_ Que te queres casar com Stan.
_ Claro, eu amo-o.
_ Se tu o dizes. Deverias preparar-te para o casamento.
_ Tens razão.

Jennifer foi para o casamento, ela estava linda tenha feito caracóis e apanhado o cabelo. E a cerimónia começou, e nessa altura Paulo estava no parque a repensar no que Jennifer disse, até que decidiu que não iria deixar Jennifer casar com Stan.

_ Se alguém tem alguma objecção à união destas duas almas em matrimónio, que fale ou se cale para sempre. – Disse o padre.

Nesse momento as portas da igreja foram abertas por Paul:

_ Eu tenho!
_ O que estás a fazer, Paulo? – Perguntou escandalizada, Jennifer.
_ Jennifer. – Disse Paul ajoelhado à frente dela. – Eu amo-te desde a primeira vez que te vi e eu acho, não, eu tenho a certeza que nenhum outro homem no mundo ou no Universo, te vá amar tanto como eu. Eu estou aqui a pedir-te que te cases comigo.
_ Paulo… - Disse Jennifer quase a chorar.
_ Eu sei que não te lembras do que disseste ontem, mas deixa-me avivar-te a memória, tu disseste que me amavas.
_ Paulo, tu és muito querido mas aquilo foi por causa da bebedeira da festa. Eu não te amo, lamento… mas eu amo o Stan.
_ Jennifer… - Disse Paulo.
_ Lamento dizer isto… mas…, eu nunca mais te quero ver.
_ Compreendo.

Então o casamento continuou sem problemas.

Na noite depois do casamento:

_ Jennifer, achas que fizeste bem? – Perguntou Stan.
_ Fiz bem o quê?
_ Recusar Paulo.
_ Stan, eu amo-te, por isso… sim, acho que fiz bem.
_ Está bem querida.

Depois daquela noite a vida de Jennifer e da sua nova família estava a ser fantástica e 
continuou a ser até que Alice fez seis anos e entrou na escola primária, e sabem porquê? Porque no dia do pai a professora de Alice pediu aos alunos para desenharem os “papás”, e ela desenhou Paulo, porque Jennifer e Stan concordaram que ela tinha o direito de saber a verdade.

_ Querida que lindo desenho. Quem é? – Perguntou Jennifer.
_ É o papá. – Respondeu Alice.
_ Mas o papá não tem cabelo castanho.
_ É o papá verdadeiro.
_ Querida. – Disse quase a chorar. – O papá Stan, também é o teu papá verdadeiro, e eu tenho a certeza que se tu lhe desses uma prenda no dia do pai ele ficaria muito feliz.
_ Mas ele não é o meu papá! – Gritou enquanto subia as escadas para ir para o quarto.
_ Ai, eu não aguento.
_ O que não aguentas, querida? – Perguntou assim que entrou pela porta Stan. – Que desenho é este?
_ É o desenho do dia do pai.
_ Alice desenhou Paul.
_ Sim, desculpa.
_ Não faz mal, era de esperar visto que lhe demos uma fotografia dele.
_ E eu arrependo-me de o ter feito.
_ Não te arrependas.

Naquele dia Jennifer foi ao parque, e enquanto as crianças brincavam:

_ Eu odeio este sentimento, eu amo o meu marido mas sempre que me lembro do pai da Alice apetece-me chorar.
_ Querida amiga qual é o teu sabor favorito? Morango, banana, uva ou limão? – Perguntou a uma das mães do parque.
_ Não sei o que isso tem a ver, mas eu, diria…morango.
 ­_ Aqui tens. – Disse enquanto entregava um chupa-chupa.
_ Porque me estás a dar isto?
_ É um chupa-chupa de marijuana com sabor a morango.
_ Estás a dizer-me para eu me drogar?!
_ Eu também o faço, assim como muitas mães, tu só tens de ter cuidado com a dose que consomes.
_ Vou experimentar.

Passou-se uma semana e ela continuava a “experimentar”, e chegou a um ponto tão crítico que ela perguntou onde podia arranjar mais e disseram-lhe no beco da rua da loja “LA Ink” estavam uns jovens a vender.
_ Uau parece que temos outra mãe que precisa de relaxar. – Disse um dos vendedores quando viu Jennifer.
_ Pelo menos esta é jovem e tem uma bela “prateleira”*. – Disse o outro vendedor.
_ Olá boa noite, eu gostava comprar algo que me pudesse ajudar aliviar o stress.
_ Bem temos o chupas – chupas “especiais”, e temos aqui uma bela “farinha”. O que vai ser?
_ As duas, quinze chupas e 1 kg de “farinha”.
_ Ok são cinquenta doláres.
_ Aqui estão.
_ Obrigada senhora.
_ Não, obrigada eu, vocês são uns salvadores, Deus vos abençoe.
_ Maluca.

Tudo corria bem ao princípio, Jennifer tomava poucas doses de droga portanto conseguia parecer sóbria. Mas chegou uma altura onde Jennifer gastava todo o dinheiro a drogar-se e até chegou a injectar no meio dos dedos, Stan estava preocupado porque muitas garrafas de vinho ficavam desaparecidas então decidiu confronta-la:
_ Jennifer! - Disse Stan.


*Prateleira: Calão para mamas

_ O que queres? – Respondeu Jennifer (estando bêbada)
_ O que tens feito ultimamente, estás em ti?
_ Tenho-me drogado.
_ O quê! Porquê?
_ É a única maneira que me posso sentir ligada ao Paulo!
_ O quê? Antes de mais o que raio tem droga a ver com ele?
_ Ele meteu-me drogada, com a melhor droga. Ele!
_ Tu ama-lo?
_ Claro que sim!
_ E então a tua filha?
_ Eu também a amo, mas ela magoa-me lembrando-me do Paulo todos os dias.

Nesse momento Jennifer desmaiou, Stan chamou uma ambulância e surpreendentemente também chamou Paulo.
_ Ela já estabilizou, mas será difícil, ela sobreviver até amanhã. – Disse o médico.
_ Tem a certeza? – Perguntou Paulo.
_ Sim.
_ Stan, porque me chamou? – Perguntou Paulo.
_ A Jennifer ainda te ama.
_ O quê? Mas ela recusou-me.
_ Ela está-se a drogar, porque quer estar viciada em algo, como quando estava contigo. Eu tenho aqui os papéis de divórcio assim que ela acordar, eu vou pedir-lhe para os assinar.
_ Tens a certeza?
_ Sim. Será o melhor, a Alice também o deve querer.
_ Porque dizes isso?
_ No dia do pai ela só te desenha a ti na escola, ela quer-te como pai.
_ Tudo bem.
A Jennifer acordou e disse:

_ Onde estou?
_ Estás no hospital. – Disse como Paulo.
_ Paulo, isto é uma miragem?
_ Não, eu estou aqui.
_ Porquê?
_ Eu chamei-o. – Disse Stan enquanto entrava
_ Porquê? – Perguntou Jennifer.
_ Tu ama-lo, tenho aqui os papéis de divórcio, assina-los.
_ Tens a certeza?
_ Sim, tu mereces felicidade.
_ Tudo bem. Muito obrigada Stan. – Agradeceu Jennifer.
_ Jennifer, eu amo-te. - Disse Paulo.
_ Eu também te amo.

Nesse momento Jennifer assinou os papéis mas algo mais aconteceu, ela teve uma overdose.
Depois da sua morte o tribunal tinha que decidir quem ficaria com a guarda de Alice, Stan decidiu que tinha que ser o Paulo a cria-la pois Jennifer deveria quere-lo.
Neste momento Alice tem 15 anos e parece-se, de rosto, bastante com Jennifer. Alice sonha com o dia em que poderá ter um amor como o da mãe e apesar de ter crescido sem ela, Alice sente-se completa com o amor do pai.









Fim…

domingo, 5 de fevereiro de 2012

A Minha História de Amor

Olá malta aqui deixo um conto chamado "A História de Amor" espero que gostem.
Capitulo 1





Aqui estou eu, no meu novo escritório de advogados. Aos 27 anos de idade finalmente realizei os meus sonhos, e devo tudo à força da minha filha de 6 anos.
O caso de hoje é uma mulher que quer processar um empregado de mesa por ter trazido sumo de laranja enlatado em vez de natural, não sei como irei acusar o pobre homem. O grande problema de ser exercer advocacia, é que muitas vezes temos de deixar de parte a nossa consciência e arruinar vidas de pessoas inocentes.
_ Sr.ª Barros. – Chamou a minha secretária, a dona Costa. – Uma empresa está a pedir os seus serviços, diz que não pode vir ao seu escritório, portanto queria encontrar-se consigo hoje num café/ restaurante o que devo responder?
A dona Costa é uma senhora “fofinha” de cinquenta e sete anos casada que procura algo para fazer desde que os filhos mudaram de cidade.
_ Diga para mandar a morada e hora e eu me encontrarei com o representante. – Respondi.
_ Ok chefe.
_ Muito bem, vou almoçar daqui um quarto de hora, pode também ir almoçar mas quero-te de volta às duas e meia, ok?
_ Sim, mas espere.
_ O que foi?
_ O senhor diz que se quer encontrar agora consigo, ele diz que o almoço é por conta dele.
_ Ok, onde é o local?
_ Sabe aquele restaurante italiano ao lado do banco?
_ Sim.
_ É aí.  
_ Obrigada dona Costa.
_ De nada Sr.ª Barros.
Não estranho clientes quererem encontrar-se num local público em vez do escritório, não percebo porquê, mas como me acontece tão frequentemente, portanto penso que é comum.
Eu cheguei ao restaurante e esperei um pouco pelo cliente, passado um pouco, alguém me tocou no ombro e perguntou:
_ É a Sr.ª Barros?
_ Sim.
Ao virar-me para ver a cara deste cliente, reconheci as mãos gigantes que no passado me confortaram, e vi os lábios que me beijaram e de onde ouvi as palavras “Eu amo-te”.
_ Tiago. – Disse eu surpreendida.
_ Carla, mas como? O teu apelido é Afonso!
_ Há sete anos mudei o meu apelido para o nome de solteira da minha mãe.
_ Porquê?
_ Porque queria fugir do passado, talvez.
“_ Porque queres que eu tome conta da empresa?
_ É o meu sonho querida.
_ Mas não é o meu.
_ Não queres que eu seja feliz?
Então os seus lábios quentes tocaram nos meus deixando um escaldante sentimento no meu coração.”
_ Realizaste o teu sonho aparentemente. – Disse Tiago.
_ Sim, então tens problemas legais?
_ Sim. Vamos sentar-nos.
_ Então porque precisas de um advogado?
_ Temos um bufo na empresa, então queremos processa-lo por traição.
_ Não deve ser difícil, tens algumas provas, tu sabes e-mails, mensagens de texto qualquer coisa?
_ Não sei.
_ Então como descobriram que essa pessoa é um bufo?
_ Desde que ele chegou, as outras empresas começaram a copiar os nossos planos antes de os executarmos.
_ Sem provas, não há caso. Eu recomendo que contrates um investigador privado.
_ Interessante. – Disse ele com uma pequena risada.
_ O que foi?
_ Nunca pensei ver-te assim, Carla.
_ Assim como?
_ Uma advogada profissional, com o cabelo assim todo apanhada, de óculos e com um fato.
_ Assim parece.






Capitulo 2





Desde de que me voltei a encontrar com o Tiago, não paro de pensar no passado, e de como cheguei até agora.
_ Mamã, mamã! – Chamou a minha filha, Tatiana.
_ Que foi querida?
_ Depois do jantar, vês o meu trabalho?
_ Claro, querida.
_ O que é para jantar?
_ Hambúrgueres.
_ Aconteceu alguma coisa no trabalho?
_ Porque dizes isso?
_ Tu só fazes hambúrgueres quando o trabalho te deixa nervosa de mais para cozinhar.
_ Não é isso, Tatiana, é que encontrei um velho amigo e simplesmente, já não o via há muito tempo e por isso fiquei um pouco agitada.
_ Ok.
_ Não te preocupes.
“_ O que estás a fazer?! – Gritei. – Larga-me Tiago!
Tiago beijou-me para eu me calar, e nessa noite fizemos amor. Depois dessa noite escaldante, acordei mas ele, não estava ao pé de mim.”
_ Sr.ª Barros. – Chamou a Dona Costa.
_ O que se passa?
_ Lembra-se do homem daquela empresa de ontem?
_ Sim, o que tem?
_ O presidente da empresa quer-se encontrar consigo.
_ O quê?!
_ Há algum problema?
_ Pergunte se podemos conversar através do telefone?
_ Porquê?
_ Faça-o, por favor.
_ Tudo bem, mas ele quer mesmo encontrar-se consigo pessoalmente.
_ Porquê?
_ Porque ele diz que a conhece, e que precisa de falar consigo.
_ Diga-lhe para estar livre dentro de uma hora pois irei ter com ele neste preciso momento!
_ O que se passa Sr.ª Barros?
_ Não se passa nada, simplesmente essa empresa no passado deu-me muitos problemas, principalmente o presidente.
_ O que aconteceu?
_ Não lhe posso dizer.
“_ Quero que comeces a fazer um estágio na empresa. – Disse ele com toda a frieza possível.
_ Mas porquê? – Pergunto eu.
_ Tens de começar a perceber o que fazemos aqui, tu vais ser a presidente da empresa um dia.
_ E se eu não quiser?
_ Não tens escolha.”
_ Desculpe, estou aqui para falar com o Sr. Afonso. – Disse eu.
_ Tem marcação? – Disse a recepcionista. – Eu não a conheço?
_ Ele está à minha espera e não, não me conhece.
_ Tem a certeza? Porque me é muito familiar.
_ Tenho a certeza!
_ Ok, vou comunicar ao Sr. Afonso, quem devo anunciar?
_ Diga-lhe que é a advogada com quem falou ao telefone.
_ Ok, ele diz para subir.
_ Obrigada.
Eu subi as escadas bati a porta, uma voz nostalgica disse-me:
_ Entre.
Eu abri a porta e vi a cara que há anos não via, mas mais velha.
_ Olá pai.
_ Olá querida.









Capitulo 3





_ O que queres de mim? – Perguntei eu.
_ Fugiste há sete anos atrás, agora tu vais ser a presidente da empresa.
_ Nem penses! Eu estou muito feliz agora não vou sacrificar a minha vida! Como me descobriste? Havia sequer um bufo ou foi tudo um plano?
_ Existe de facto um bufo, mas descobrir-te foi apenas uma coincidência.
_ Se eu não queria ser presidente há sete anos atrás, o que te faz pensar que quero ser agora?
_ Tens que o fazer.
_ Sabes o que eu quero fazer agora? Quero falar sobre o caso!
_ Tudo bem. O seu nome é João Ferreira, aqui tens o ficheiro dele.
_ Já arranjaram alguma prova que ele é o bufo?
_ Para dizer a verdade acho que nem é preciso.
_ Como assim?
_ Os segredos da empresa começaram a sair precisamente quando ele entrou.
_ Isso não é suficiente para persuadir um júri. Parece que não há caso, vou-me embora.
_ E a empresa?
_ Não quero saber nada sobre a empresa! Telefona se precisares de uma advogada.
_ E então o Tiago?
Viro-me surpreendida e digo:
_ O que ele tem?
_ Eu sei que vocês os dois estavam envolvidos há sete anos, ou deveria dizer loucamente apaixonados.
“_ Carla, eu amo-te. – Sussurrou ao meu ouvido.
_ Eu também te amo Tiago.
_ Deveríamos casar.
_ O que raio é que estás a dizer?!
_ Nós amamo-nos, conhecemos nos há anos o que importa se casarmos podíamos passar mais tempo juntos.”
_ Pois eu sei muito bem porque é que sabes. – Respondi.
_ Tu só cometes erros na tua vida.
_ Tu não sabes nada sobre mim, tu nunca soubeste. Eu não posso mudar a minha vida, eu não estou sozinha, tenho alguém!
_ Então é um marido ou um namorado?
_ Aproximaste de alguém próximo de mim e acredita, tu vais para a prisão. Sabes homens de meia-idade como tu na prisão são muito populares, espero que gostes de sodomia.
_ Tu tens muita lata.
_ Nunca te disseram que os filhos são os reflexos dos pais?
“_ Pai, eu tenho estado a pensar em entrar para direito na Universidade. – Disse eu.
_ Porquê?
_ Quero ser advogada.
_ Assim quem herda a empresa?
_ A empresa pode ser passada a uma pessoa que não seja da mesma família.
_ A empresa começou por ser um pequeno negócio do teu bisavô, que passou ao teu avô que passou ao seu filho, ao seja eu.
_ Então finalmente podes quebrar o ciclo!
_ Não vamos discutir mais isto! O Tiago deve estar quase a chegar para te dar explicações.
_ Porque tens de utilizar o teu secretário assim?
_ É a única pessoa em quem eu confio.”










Capitulo 4





Todos os dias a Tatiana diz que estou a agir de forma estranha, não sei como mas as crianças vêem mais do que a mascara que nos esforçamos tanto a criar só para eles.
_ Mãe! – Grita a minha filha.
_ Que foi?
_ As torradas estão a queimar-se.
_ Bolas, importaste de comer cereais hoje.
_ Não, mas achas que temos tempo?
_ Acho que com sorte sim.
_ O que se passa contigo mãe?
_ Nada querida. – Digo com um sorriso falso, mas o que estou a pensar é: «O meu passado, é o que é.»
_ Mãe, tenho visto um homem estranho à porta da escola já há três dias.
_ O quê?! – Desesperei.
_ Ele olha fixamente para mim.
_ Querida, - Disse a olhar fixamente para os olhos da minha filha. – Toma esta câmara, assim que o vires tira discretamente uma foto a esse senhor e vai para o pé de um adulto que conheces, de preferência uma professora.
_ Tudo bem mãe.
Passou um mês desde de que falei com o meu pai e com o Tiago, pensava que com o tempo esta nostalgia e medo iriam passar, mas nada mudou.
_ Olá dona Costa. – Cumprimentei.
_ Olá Sr.ª Barros, parece estar preocupada, o que se passa?
_ A minha filha disse que viu um homem a olhar para ela e que dura já há uma semana, não sei o que faça.
_ Quer que cancele todas as suas marcações para hoje?
_ Não é preciso, mas obrigada a dona é um doce de pessoa.
_ Obrigada senhora.
_ Então quem tenho primeiro?
_ Bem daqui a um quarto de hora tem uma marcação com a senhora que processou o empregado de um café.
_ Obrigada, quando ela chegar mande-a entrar.
_ Mais uma coisa.
_ Diga.
_ Aquela empresa diz que finalmente arranjou provas necessárias e que quer encontrar-se novamente consigo.
_ Obrigada. Diga-lhe por volta da uma hora no mesmo restaurante.
_ Ok, ele confirmou.
Eu penso que a única razão para ter aceitado este caso, foi para provar como me saí bem da vida apesar de tudo. Ainda me lembro de depois de ter dado à luz a Tatiana como estudava horas e horas a fim para os exames, cada vez que adormecia Tatiana chorava e acordava-me, às vezes pensava que ela fazia isso de propósito para eu estudar. Eu vivia um pequeno T1 alugado e trabalhava part-time num Mcdonalds, durante o dia a minha senhoria cuidava da Tatiana, ela foi mãe solteira e compreendia o que eu estava a passar.
Cheguei ao restaurante, Tiago estava lá.
_ Olá. – Disse eu.
_ Olá. Sentamo-nos?
_ Claro, ouvi dizer que vocês encontraram algumas provas?
_ Sim, fizemos como recomendaste e contratamos um detective privado. Aqui tens as provas.
Ele passou-me uma pasta com registos telefónicos incriminadores, fotografias.
_ Parece o suficiente para construir um caso, vou preparar tudo. – Respondi.
_ Espera Carla.
_ Que foi?
_ Queres vir tomar uma bebida à noite?
Foi assim que tudo começou.
“_ Finalmente podes beber! – Disse o Tiago, que estava a celebrar o meu aniversário comigo.
_ Pois é, esta cerveja é incrível.
_ Carla, que tal experimentares este uísque que encomendei só para ti.
_ Parece caro, tens a certeza?
_ Tenho. Vá lá, bebe.
Não me lembro muito dessa noite, só me lembro da voz do Tiago a sussurrar-me ao ouvido: «Eu irei sempre amar-te». Não sei se foi uma ilusão ou a bebida mas sei que quando acordei estava a utilizar o tronco do Tiago como almofada e que estava completamente nua.”
_ Hoje não posso, mas amanhã. – Disse eu


Capitulo 5





_ Meritíssima. – Disse eu. – Membros estimados do júri. A minha cliente pediu um sumo de laranja natural e em vez disso recebeu um sumo empacotado do Sr. Cláudio Almada. Podem não saber disto, mas a minha cliente sofre de uma alergia de conservantes que existem no sumo que recebeu, se ela ingerir uma gota que seja do sumo teria de ser hospitalizada de emergência.
O júri decidiu que a minha cliente deveria receber um cheque de 500 euros dos donos da loja, foi muito duro encontrar algo que fizesse a minha cliente ganhar.
Ontem decidi que ia beber um copo com o Tiago, sinceramente não sei o que estou a fazer, é a história a refazer-se de novo mesmo à frente dos meus olhos. Eu sei o que vai acontecer, tenho a possibilidade de o fazer parar antes que seja tarde demais, mas será que quero que pare?
_ Olá. – Diz Tiago acordando-me dos meus pensamentos.
_ Olá.
_ Que se passa?
_ Como assim?
_ Estás um pouco desnorteada.
_ Não é nada, é só um caso.
_ Ok, olha desculpa ser assim mas eu tenho de ir direito ao assunto.
_ Tudo bem. – Respondo com a maior serenidade possível.
_ Eu não sei o que te fez fugir na altura e deixar-me, mas deixa que te diga que nunca consegui esquecer-te eu ainda te amo.
_ Amaste-me sequer? – Murmuro.
_ O quê?
_ Nada, vamos só beber.
Posso dizer que estava em calma pois a Tatiana estava numa pequena festa de pijama, mas mesmo assim algo me incomoda, deveria dizer o que aconteceu nestes últimos anos? Deveria sequer mencionar que tenho uma filha? Deveria sequer preocupar-me que há uma grande possibilidade que durma com ele hoje?
_ Então, estás pronta para nos defender? – Pergunta ele.
_ Na verdade passei o vosso caso para um associado meu, ele é que vos vai defender.
_ Porquê?!
_ É melhor para toda a gente, eu só quero continuar com a minha vida.
_ Se é por causa de tu seres a próxima pessoa a tomar conta da empresa.
_ Não é isso, é que sinto que se nunca mais nos vermos será mais fácil para todos.
_ Não entendo. Porque não podemos voltar a estar juntos?
_ Eu não quero entrar em detalhes, mas demorei muito tempo a esquecer-te, não quero voltar a passar pela mesma dor que passei há sete anos. Deveria voltar para casa, adeus Tiago.
_ Espera, pelo menos deixa-me dar-te boleia. Vais apanhar um táxi não é?
_ Obrigada, onde está o teu carro?
_ Vou busca-lo.
O que eu estou a fazer?
_ Entra. – Convida-me Tiago.
_ Obrigada.
No carro não se ouve nada e está um ambiente pesado e constrangedor.
_ Então onde tu vives? – O silêncio é quebrado por Tiago
_ Anda mais um pouco e depois viras à esquerda.
_ Ok.
Passados uns dez minutos chegamos a casa, subimos as escadas e despedimo-nos.
_ Carla, eu amo-te.
Tiago beija-me apaixonadamente. Não sei se foi do álcool que bebi antes mas senti aquela antiga chama do passado arder outra vez mas com uma maior intensidade.









Capitulo 6





“ _ Porque queres que eu use isto? – Disse ao Tiago.
_ Porque ficas linda. – Respondeu-me.
O Tiago comprou-me uma camisa de noite preta semi-transparente curta.
_ Vá lá, sinto-me estranha nesta roupa.
Ele está sentado em cima da cama, sento me em cima dele.
_ Não deverias, estás mais bela do que o luar.
Depois fizemos amor durante essa noite.”
Acordo na cama, completamente nua e suada, lembro-me do que aconteceu na noite anterior, mas o Tiago não está ao meu lado. Ouço o som da água a correr o chuveiro, ele deve estar a tomar banho.
Porque será que dormi com ele? Eu deveria estar a pensar no melhor para a minha filha e isto definitivamente não é.
_ Desculpa Carla, mas tive de usar o teu chuveiro. – Diz o Tiago assim que sai da casa de banho, só com uma toalha à volta da cintura.
_ Está tudo bem. – Digo eu, tentando-me convencer do que o que eu disse é verdade.
_ Tive saudades disto. Acordar de manhã, olhar para ti, beijar-te.
Afasto-o com as mãos antes que algo aconteça.
_ Não te habitues, o que aconteceu ontem foi apenas um acidente.
_ Porque não podemos ser um casal outra vez?
_ É errado e eu não acredito que tu me ames.
_ O que tenho de fazer para que acredites em mim?! – Gritou.
_ Diz me a verdade de uma vez por todas!
_ Tudo bem eu digo-te! O teu pai contratou um investigador privado para procurar alguma coisa contra para te chantagear para governares a empresa!
_ O quê?!
_ É verdade, amanhã vamo-nos encontrar com ele para ver os resultados.
_ Mas ele ainda não vos disse nada, pois não?
_ Não. Passa-se alguma coisa?
_ Passa-se! Olha amanhã encontra-te comigo antes de te encontrares com o investigador.
_ Porquê?
_ Por favor.
_ Ok.
Nesse momento alguém tocou à campainha. Fui ver quem era, disse ao Tiago para se vestir.
_ Quem é? – Perguntei.
_ Sou eu, a Filipa.
É a mãe da amiga da Tatiana (que por acaso também é minha amiga), abri a porta de repente.
_ Carla se soubesse que irias estar assim tão atraente tinha vestido roupa interior mais sensual.
_ Agora não é uma boa altura.
_ Como não é uma boa altura? As miúdas estão no carro, vá lá veste-te e vamos ao parque com elas.
Nesse momento Tiago apareceu e disse-me:
_ Desculpa lá interromper mas tenho mesmo de ir, adeus depois amanhã falamos. – Depois beija-me e vai-se embora.
_ Bem agora compreendo porque é uma má altura, onde é que raio, arranjaste um tipo todo jeitoso e sexy como ele?
_ Ele é o pai da Tatiana.
_ O quê?!












Capitulo 7





Eu e a Filipa sentamo-nos num banco no parque enquanto as raparigas brincavam.
_ Como assim ele é o pai da Tatiana? – Pergunta Filipa.
_ Encontramo-nos por acidente.
_ Ele sabe da Tatiana e vice-versa?
_ Não para as duas.
_ Vais dizer-lhe?
_ Acho que não, vou ter saudades tuas, sabes?
_ Do que raio estás a falar Carla?
_ Já reservei um quarto de hotel, eu e a Tatiana vamos fugir amanhã.
Não posso deixar que ele descubra Tatiana, se ele a descobrir o meu pai vai faze-la passar pelo mesmo que eu e o Tiago não tem força suficiente para o enfrentar.
_ Tens a certeza que queres fazer isto?
_ Eu amo a minha filha demasiado para que ela sofra com o meu pai e o pai dela.
Voltei para casa com a Tatiana, a casa estava um desastre.
_ Mãe o que se passou aqui?
Uma noite muito bêbada.
_ Nada querida, simplesmente estava demasiado cansada para limpar.
_ Mas parece que está mais desarrumado do que nunca.
_ Querida vai para o teu quarto brincar.
_ Está bem.
Comecei a preparar as malas para sairmos amanhã depois de falar com o Tiago.
Eu amo a minha filha, é por isso que não quero que ela passe por algo que a irá confundir, como conhecer o pai dela.
Faltavam 15 minutos para as sete horas e fui acordar a Tatiana, já tinha metido as malas no carro.
_ O que se passa mãe? – Pergunta ela com os olhos ainda ensonados.
_ Querida, desculpa mas é para o teu bem, vá lá veste-te.
_ Mas mãe…
_ Por favor querida.
Entramos no carro, fui directamente ao escritório para me encontrar com o Tiago, mas não conseguia sair do carro, olhava para a Tatiana, se calhar a minha maneira de pensar estava errada.
_ Querida – Disse. – Vem comigo.
_ Porquê?
_ Querida o que é que eu te disse sobre o teu pai?
_ Disseste que o amavas muito mas que ele te magoou muito e é por isso que não estás com ele.
_ Gostavas de o conhecer?
_ Se te magoa, não.
_ Querida, eu amo-te muito, quero que o conheças, tu mereces conhecer o teu pai.
_ Tens a certeza?
_ Sim.
Saímos do carro, disse à recepcionista que tinha de falar com o Tiago, ela indicou-me o escritório. Estava com medo, a Tatiana tinha noção do meu sentimento.
Bati na porta, a voz suave do Tiago disse para eu entrar.
_ Olá Tiago, tenho algo muito importante para te dizer.









Capitulo 8





Acho que o Tiago estava confuso, não parava de olhar para a Tatiana.
_ O que se passa? – Disse Tiago.
_ Esta é a Tatiana.
_ Muito prazer querida. – Disse Tiago ajoelhando-se para cumprimentar a Tatiana.
A Tatiana não disse nada.
_ Desculpa, ela é um pouco tímida.
_ Então podes explicar-me quem é ela?
_ Ela é a nossa filha, desculpa por não te ter dito mais cedo.
_ Como pode ser possível?
_ Eu até te explicava mas ela só tem seis anos e não convém que ela ouça.
_ Isso até percebo, tu sabias que estavas grávida quando te foste embora?
_ Sim.
_ Porque te foste embora na altura?
_ Para dizer a verdade, descobri a tua mentira e não a aguentei.
_ Que mentira?
“ Mal posso esperar para contar a novidade ao Tiago.
_ Tiago, tu és um empregado fantástico, mas tenho de saber se já conseguiste.
Ouço a voz do meu pai do escritório do Tiago e escondo-me para ouvir o resto.
_ Está tudo a correr como planeado, hoje faço a pergunta, tenho bastante certeza que ela vai aceitar. - Respondeu Tiago.
_ Espero que seja como dizes, depois de se casarem vais herdar a empresa e a Carla poderá ficar descansada.
_ Eu também.
Ele estava só a usar-me? O que posso fazer?”
_ Tu ouviste essa conversa?
_ Sim, agora o que eu te peço é que, guardes segredo sobre a Tatiana e que impeças o investigador de contar ao meu pai sobre ela.
_ Mas…
_ Por favor.
_ Eu tenho de dizer algo, Tatiana, podes sentar-te lá fora enquanto eu falo com a tua mãe?
_ Está bem. – Disse ela.
_ É verdade que eu te seduzi para conseguir a empresa, mas eu já me tinha apaixonado por ti quando fizemos pela primeira vez.
_ Eu quero acreditar em ti, mas não consigo.
O Tiago beijou-me, de repente ouço a Tatiana a gritar, saio pela porta e vejo o meu pai a pegar à força a Tatiana.
_ O que estás a fazer? – Gritou o Tiago antes que eu pudesse dizer alguma coisa. – Larga já a minha filha!
_ Mãe! Mãe! – Gritou a Tatiana.
O meu pai largou-a e ela veio a correr para mim, abracei-a peguei-lhe ao colo.
_ Foi uma má ideia vir aqui, eu sabia.
_ Carla espera! – Disse o Tiago. – Chefe, eu despeço-me!
_ O quê?! – Disse eu e o meu pai simultaneamente.
_ Isso é inaceitável!
_ Durante anos eu fiz o que o senhor me disse, magoei a mulher dos meus sonhos e perdi seis anos da vida da minha filha!
Depois de o Tiago fazer o seu discurso ele pediu-me para casar com ele, disse que iria arranjar um emprego. Eu disse que sim, a minha vida melhorou tanto, nunca mais tive de mandar a Tatiana mais cedo para escola, noto que ela está mais feliz.
E esta é a minha história de amor.